quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Conheça a FIAT. Empresa italiana de fabricação de automóveis.

A montadora italiana foi fundada por um grupo de ricos empresários, entre eles Giovanni Agnelli, um político da região de Piemonte, Lodovico Scarfiotti e o Conde Brecherasio di Cocherano, na cidade de Turim em 11 de julho de 1899 com o nome Fabbrica Italiana di Automobili-Torino (Fábrica Italiana Automóveis Turim em português), que viria a ficar conhecida como FIAT, com a declarada pretensão de fazer concorrência à indústria automobilística francesa e desenvolver grandes inovações para carros de corrida. Todavia, Giovanni Agnelli, primeiro secretário, deu outro rumo aos planos. Interessado em fazer uma linha de produção de massa, conseguiu lançar as bases do que hoje é um dos maiores complexos industriais do mundo. O primeiro carro da montadora foi o modelo três 1/2hp de 679cc, que atingia 35 km/h, tendo sido produzido 300 unidades desse modelo. O modelo era produzido na fábrica localizada em Corso Dante, onde 150 empregados trabalhavam.

Outros modelos vieram e em 1903 foi lançado o 12hp com 3768cc, que teve produção de 132 unidades, sendo exportados para Europa e Estados Unidos. No ano seguinte o nome FIAT passa a representar não somente o produto, mas toda a empresa, sendo abandonado o nome social escrito por extenso. Ainda nessa época, pela primeira vez, a partir do modelo 24-32HP, o símbolo é colocado por cima da grade do radiador. Na primeira década do século XX já fabricava também locomotivas, e, com o início da Primeira Guerra Mundial, passou a fabricar ambulâncias, metralhadoras e até motores para submarinos. Em 1910 a empresa lançou 10 novos modelos. O ZERO, primeiro carro produzido em massa pela montadora, foi introduzido no mercado em 1912. Nessa altura, a FIAT começa a tornar-se popular na Europa, em grande parte devido à utilização de seus automóveis como táxis. Até 1915 cerca de 2.000 unidades desse modelo foram produzidas.
Em 1919 outros novos modelos foram introduzidos, como o 501 (45 mil unidades foram feitas até 1926), o 505 (modelo de maior tamanho que o 501) e o top de linha 515. Na década de 20 a FIAT já controlava 80% do mercado italiano de automóveis. Esta década foi marcada por importantes acontecimentos: inauguração, em 1920, da fábrica do Lingotto, um projeto guiado por uma intenção definida de transformar o carro, de produto de elite, em um bem acessível a um público cada vez mais amplo de consumidores, graças aos novos princípios de organização empresarial, baseados na utilização da linha de montagem; lançamento do modelo 509 em 1925; lançamento do primeiro automóvel com carroceria mista (metal + madeira), chamado 503, em 1926; e a vitória no Rali de Montecarlo em 1928.
Na década de 30 a FIAT causou uma verdadeira revolução no mercado europeu de automóveis com lançamentos extremamente populares como o modelo 508 Balilla, também conhecido como “Tarifa Mínima”, devido ao consumo reduzido de oito litros em 100 km, apresentado no salão do automóvel de Milão em 1932; o modelo 1500, primeiro carro desenvolvido aerodinamicamente pela empresa, lançado em 1935; e um dos maiores sucessos de sua história, o 500 Topolino (mickey Mouse em italiano), lançado em 1936 como um automóvel pequeno e compacto de dois lugares, que vendeu 122.000 unidades até 1948.
Em 1939 com o começo da Segunda Guerra Mundial, as instalações da empresa foram requeridas pelo governo para fabricar armamento bélico. Foi nessa época que a fábrica de Mirafiori foi aberta. Giovanni Agnelli morre no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e sua família é afastada do controle da FIAT, devido às ligações com o governo de Mussolini. Depois do término do conflito, a FIAT retomou sua produção de automóveis com a produção dos modelos 1100B, 1500D e 500B. O primeiro modelo lançado depois da guerra foi o 1400, visto pela primeira vez em 1950 no salão do automóvel de Genebra, revolucionando os conceitos da época. Pouco depois, em 1953, a empresa lançou seu primeiro veículo a diesel, o 1400 diesel.
A década de 60 foi cheia de novidades para a montadora. Primeiro, em 1966, o controle da FIAT regressa à família Agnelli quando Gianni, neto de Giovanni, assumiu o posto de presidente. Com sua chegada a empresa viu a sua estrutura ser completamente reestruturada. Ele dividiu a empresa em áreas distintas, sendo as principais: produção de automóveis e produção de caminhões e tratores. Segundo, ainda nesse mesmo ano, ocorreu o lançamento do FIAT 124 no salão do automóvel de Genebra, ganhando o título de carro do ano em 1967, revolucionando o conceito de espaço. O modelo era produzido em três versões, a familiar, a Spider (com designer da Pininfarina) e o Coupe. No final desta década, em 1968, as exportações da montadora chegavam a 150 países e para unificar sua imagem global é lançado um novo logotipo: quatro losangos inclinados 18 graus com a sigla da montadora escrita em branco sobre fundo azul. No ano seguinte a FIAT dá início a uma série de aquisições com a compra da montadora LANCIA e parte da tradicional Ferrari (empresa que viria a comprar totalmente em 1988).
A década de 70 foi marcada por lançamentos inovadores como o FIAT 127 e o FIAT 132, além do Ritmo, foi introduzido no mercado em 1978 em duas versões, 3 e 5 portas. Em 1979 a FIAT atinge as vendas mais elevadas de sua difícil e penosa trajetória em solo americano, muito devido à crise petrolífera da época. Mas em 1981 com a queda do preço do petróleo, os americanos voltariam a optar pelos carros de grande porte. E Devido à grande queda nas vendas, a FIAT optou por abandonar o mercado americano em 1984. Mas nem só de fracasso viveu a década de 80. Dois dos mais populares automóveis da montadora foram lançados nesta década: o Panda e o Uno. Outro fato marcante foi a compra da tradicional Alfa Romeo em 1986. Nos anos seguintes a FIAT cresceu para se tornar uma marca global, comprou a Maserati em 1997 e lançou modelos de sucesso, principalmente na Europa e no Brasil. Atualmente o PUNTO é o carro mais vendido da Europa e, ao lado do Bravo (sucessor do Stilo) e do recém lançado novo Cinquecento (FIAT 500), um dos símbolos da impressionante recuperação da FIAT. No dia 30 de abril de 2009, a montadora italiana assumiu uma participação inicial de 20% na Chrysler, que pediu concordata, ganhando força para suas operações no maior mercado consumidor do planeta.

 
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com