Outros modelos vieram e em 1903 foi lançado o 12hp com 3768cc, que teve produção de 132 unidades, sendo exportados para Europa e Estados Unidos. No ano seguinte o nome FIAT passa a representar não somente o produto, mas toda a empresa, sendo abandonado o nome social escrito por extenso. Ainda nessa época, pela primeira vez, a partir do modelo 24-32HP, o símbolo é colocado por cima da grade do radiador. Na primeira década do século XX já fabricava também locomotivas, e, com o início da Primeira Guerra Mundial, passou a fabricar ambulâncias, metralhadoras e até motores para submarinos. Em 1910 a empresa lançou 10 novos modelos. O ZERO, primeiro carro produzido em massa pela montadora, foi introduzido no mercado em 1912. Nessa altura, a FIAT começa a tornar-se popular na Europa, em grande parte devido à utilização de seus automóveis como táxis. Até 1915 cerca de 2.000 unidades desse modelo foram produzidas.
Em 1919 outros novos modelos foram introduzidos, como o 501 (45 mil unidades foram feitas até 1926), o 505 (modelo de maior tamanho que o 501) e o top de linha 515. Na década de 20 a FIAT já controlava 80% do mercado italiano de automóveis. Esta década foi marcada por importantes acontecimentos: inauguração, em 1920, da fábrica do Lingotto, um projeto guiado por uma intenção definida de transformar o carro, de produto de elite, em um bem acessível a um público cada vez mais amplo de consumidores, graças aos novos princípios de organização empresarial, baseados na utilização da linha de montagem; lançamento do modelo 509 em 1925; lançamento do primeiro automóvel com carroceria mista (metal + madeira), chamado 503, em 1926; e a vitória no Rali de Montecarlo em 1928.
Na década de 30 a FIAT causou uma verdadeira revolução no mercado europeu de automóveis com lançamentos extremamente populares como o modelo 508 Balilla, também conhecido como “Tarifa Mínima”, devido ao consumo reduzido de oito litros em 100 km, apresentado no salão do automóvel de Milão em 1932; o modelo 1500, primeiro carro desenvolvido aerodinamicamente pela empresa, lançado em 1935; e um dos maiores sucessos de sua história, o 500 Topolino (mickey Mouse em italiano), lançado em 1936 como um automóvel pequeno e compacto de dois lugares, que vendeu 122.000 unidades até 1948.
Em 1939 com o começo da Segunda Guerra Mundial, as instalações da empresa foram requeridas pelo governo para fabricar armamento bélico. Foi nessa época que a fábrica de Mirafiori foi aberta. Giovanni Agnelli morre no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e sua família é afastada do controle da FIAT, devido às ligações com o governo de Mussolini. Depois do término do conflito, a FIAT retomou sua produção de automóveis com a produção dos modelos 1100B, 1500D e 500B. O primeiro modelo lançado depois da guerra foi o 1400, visto pela primeira vez em 1950 no salão do automóvel de Genebra, revolucionando os conceitos da época. Pouco depois, em 1953, a empresa lançou seu primeiro veículo a diesel, o 1400 diesel.
A década de 60 foi cheia de novidades para a montadora. Primeiro, em 1966, o controle da FIAT regressa à família Agnelli quando Gianni, neto de Giovanni, assumiu o posto de presidente. Com sua chegada a empresa viu a sua estrutura ser completamente reestruturada. Ele dividiu a empresa em áreas distintas, sendo as principais: produção de automóveis e produção de caminhões e tratores. Segundo, ainda nesse mesmo ano, ocorreu o lançamento do FIAT 124 no salão do automóvel de Genebra, ganhando o título de carro do ano em 1967, revolucionando o conceito de espaço. O modelo era produzido em três versões, a familiar, a Spider (com designer da Pininfarina) e o Coupe. No final desta década, em 1968, as exportações da montadora chegavam a 150 países e para unificar sua imagem global é lançado um novo logotipo: quatro losangos inclinados 18 graus com a sigla da montadora escrita em branco sobre fundo azul. No ano seguinte a FIAT dá início a uma série de aquisições com a compra da montadora LANCIA e parte da tradicional Ferrari (empresa que viria a comprar totalmente em 1988).
A década de 70 foi marcada por lançamentos inovadores como o FIAT 127 e o FIAT 132, além do Ritmo, foi introduzido no mercado em 1978 em duas versões, 3 e 5 portas. Em 1979 a FIAT atinge as vendas mais elevadas de sua difícil e penosa trajetória em solo americano, muito devido à crise petrolífera da época. Mas em 1981 com a queda do preço do petróleo, os americanos voltariam a optar pelos carros de grande porte. E Devido à grande queda nas vendas, a FIAT optou por abandonar o mercado americano em 1984. Mas nem só de fracasso viveu a década de 80. Dois dos mais populares automóveis da montadora foram lançados nesta década: o Panda e o Uno. Outro fato marcante foi a compra da tradicional Alfa Romeo em 1986. Nos anos seguintes a FIAT cresceu para se tornar uma marca global, comprou a Maserati em 1997 e lançou modelos de sucesso, principalmente na Europa e no Brasil. Atualmente o PUNTO é o carro mais vendido da Europa e, ao lado do Bravo (sucessor do Stilo) e do recém lançado novo Cinquecento (FIAT 500), um dos símbolos da impressionante recuperação da FIAT. No dia 30 de abril de 2009, a montadora italiana assumiu uma participação inicial de 20% na Chrysler, que pediu concordata, ganhando força para suas operações no maior mercado consumidor do planeta.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com
