segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A BMW (abreviação de Bayerische Motoren Werke), em português “Fábrica de Motores da Baviera”, começou com uma origem modesta no dia 7 de março de 1916, quando foi fundada por Karl Friedrich Rapp e Gustav Otto após a fusão de dois fabricantes de motores de avião da cidade de Munique: a Rapp Motorenwerke, que havia sido fundada em 1913, e a Gustav Otto Flugmaschinfabrik. Pouco mais de um ano depois, a empresa foi rebatizada com o nome que mantém até hoje. A Primeira Guerra Mundial proporcionou um crescimento rápido à empresa, que logo construiu amplas instalações a leste do antigo aeródromo de Oberwiesenfeld em Munique. Até 1918, forneceu motores para aviões militares. Sua história começou a mudar quando o Tratado de Versalhes, assinado após o fim do conflito mundial, proibiu à Alemanha de fabricar motores para aviões durante cinco anos.

A BMW então, passou a fornecer motores de quatro cilindros para caminhões e barcos. A empresa deve o sucesso de seus produtos na fase inicial ao visionário engenheiro Max Friz. Um motor de seis cilindros para aviões, desenvolvido por ele, valeu à empresa, em 1919, o primeiro recorde mundial de sua história: o de altitude de vôo, com 9.760 metros. Foi ele também que desenvolveu a primeira motocicleta da marca BMW, chamada R 32, com motor boxer de dois cilindros, lançada no Salão de Berlim em 1923. Utilizou o princípio de construção mantido até hoje nas motocicletas da marca: motor boxer e transmissão secundária por eixo cardan.
Porém a BMW precisava se estabelecer no setor dos carros utilitários com menores dimensões. Foi então que em 1928 comprou uma fábrica de carros em Eisenach/Thuringia e, junto com ela, uma licença para produzir um pequeno automóvel chamado Dixi, baseado no modelo inglês Austin Seven, com motor de válvulas laterais de 15 cv e 748 cc, que foi rebatizado com o nome de Dixi 3/15. O carrinho adquiriu grande popularidade, ajudando e muito a superar as dificuldades durante a grande crise econômica da época. Posteriormente, lançou-se no mercado o primeiro carro com logotipo BMW, também chamado 3/15, devido à sua semelhança com o modelo anterior. Até o início da década de 30, o aperfeiçoamento visual e técnico tinha sido tão importante que os automóveis produzidos não lembravam em nada os modelos originais. Eram, no entanto, desenhos provisórios, pois as oficinas da BMW já estavam desenvolvendo exemplares de uma série de carros com motor de seis válvulas, que fariam a empresa famosa em toda Europa e lhe proporcionariam, inclusive, grande fama nos circuitos esportivos. Portanto, o modelo 303, lançado em 1933, foi o verdadeiro antecessor dos atuais BMW. Este modelo foi o primeiro automóvel com as tradicionais grades dianteiras gêmeas, que se tornaram símbolos da marca alemã.
No ano das Olimpíadas de Berlim, em 1936, introduziu no mercado o carro esportivo mais bem-sucedido da Europa na categoria de dois litros: o BMW 328. No fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a BMW estava totalmente destruída. Perderam-se as fábricas de Eisenach, Dürrerhof, Basdorf e Zühlsdorf. A sede em Munique também havia sido destruída. As forças aliadas vitoriosas proibiram a BMW de operar durante três anos devido à produção de motores de aviões e foguetes que ajudaram o regime nazista. Em 1948, a motocicleta BMW R4, com motor de um cilindro, saiu das linhas de produção da fábrica de Munique sendo o primeiro produto pós-guerra da marca alemã. Somente em 1951 a empresa produziu seu primeiro automóvel pós-guerra, o modelo 501. Entrou em produção no ano seguinte, mas foi um fracasso financeiro.
Em 1962, o modelo 1500 estabeleceu a tendência da filosofia de designer da empresa. Foi o primeiro de uma nova categoria de automóveis esportivos e compactos de turismo. Nas décadas seguintes a BMW, além de lançar modelos históricos, introduziu tecnologia de ponta, como em 1979 quando desenvolveu a primeira eletrônica digital para motores; fornecendo o primeiro modelo BMW de carro blindado; e iniciando pesquisas para o desenvolvimento de motores de hidrogênio; ou como na década de 80 quando o sistema de freios ABS foi adotado na produção em série, além dos primeiros modelos europeus equipados com catalisador (1984). No ano da queda do muro de Berlim em 1989, a BMW atingiu mais um recorde com a produção de meio milhão de automóveis. A partir dos anos 90 a montadora alemã iniciou uma enorme diversificação em sua linha de produtos, ingressando em novos segmentos com o lançamento de modelos roadster, utilitários esportivos e até uma série de veículos compactos. Recentemente a BMW anunciou que vai ressuscitar a antiga marca Isetta, mas dessa vez, a proposta será um modelo de carro urbano compacto com motor elétrico na parte traseira e baterias de íons de lítio sob o assoalho. O nome será alterado para “i-Setta” e a marca será a responsável pelas vendas do futuro modelo derivado do projeto MegaCity na Europa a partir de 2012. A Isetta ficou conhecida no Brasil pela associação às indústrias Romi, que passou a produzir o modelo no país a partir de 1956. O “Romi-Isetta” foi o primeiro carro produzido no Brasil.


De acordo com uma pesquisa feita com 67.000 oficinas mecânicas e reparadoras de automóveis dos Estados Unidos, a BMW é considerada a terceira marca automotiva que menos visita esses estabelecimentos, em segundo lugar é a Honda e em primeiro lugar a Toyota. A sua maior concorrente Mercedes-Benz ficou em quinto lugar.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com