sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A história da tradicional montadora remonta a 1810, quando Jean-Pierre e Jean-Frédéric Peugeot converteram um antigo moinho de grão em uma fábrica de aço laminado a frio. Esta primeira fábrica produzia chapas de serra laminadas e molas de relojoaria, destinados à indústria do Franco-Condado. Em 1818 a PEUGEOT FRÉRES, como era chamada na época, iniciou a produção de ferramentas e acessórios para uso diverso. Por volta de 1850 apareceu a marca do leão, utilizada para designar as ferramentas feitas com aço de alta qualidade (utilizado na fabricação de lâminas de serra). Oito anos mais tarde, a marca do leão foi registrada no Conservatório Imperial de Artes e Ofícios. A empresa crescia e a diversificação na linha de produtos era inevitável: as primeiras bicicletas feitas sob a marca PEUGEOT foram produzidas em 1882.
O conhecimento adquirido na produção de bicicletas e sua posterior motorização colaboraram para o desenvolvimento dos primeiros triciclos e quadriciclos automotores comercializados pela empresa. Em 1890 surgiu o primeiro automóvel de quatro rodas fabricado pela PEUGEOT. Com motor de 2 cilindros em V da marca alemã Daimler na parte traseira, desenvolvia potência de 1cv. Foi então, que em 1896, Armand Peugeot fundou a Société Anonyme des Automobiles Peugeot na cidade de Audincourt, tendo como endereço a cidade de Paris, e uma subsidiária em Marselha. A nova empresa tinha como objetivo produzir veículos de turismo e caminhões. Já no ano seguinte foi fabricado o primeiro automóvel chamado modelo 15, equipado com motor 100% produzido pela empresa. A PEUGEOT se tornou a primeira marca a introduzir pneus de borracha na produção de automóveis. No final do século, em 1899, o portfólio da empresa já compreendia 15 modelos, oferecendo automóveis de de 2 à 12 lugares. Um ano depois a PEUGEOT alcançava a marca de 500 unidades produzidas.
Em 1901, ao acrescentar um motor de 1.5cv a uma bicicleta foi criada a primeira motocicleta sob a marca francesa: a Motobicyclette. No ano seguinte foi lançado o modelo 306, primeiro carro a ter o motor na parte frontal, capô e volante. Pouco depois, em 1905, foi lançado o carro popular que ficou conhecido como “Bébé Peugeot”, um verdadeiro sucesso de venda. Em 1912, Robert Peugeot sucedeu Armand e inaugurou uma nova fábrica na cidade de Sochaux. O desenvolvimento industrial e comercial teve apoio com a entrada nas competições automobilísticas dos célebres PEUGEOT com motor de quatro cilindros, que ganharam inúmeras corridas. O período entre 1914 á 1918 foi dedicado quase por completo a suprir as necessidades do exército francês (ônibus, motores de avião, caminhões e 63.000 bicicletas) na Primeira Guerra Mundial.

Só em 1920, com o fim do conflito, a PEUGEOT deu um novo impulso em seu desenvolvimento com o lançamento de um pequeno modelo, o Quadrilette 161. Incluído na categoria de ciclomotores, este veículo de dois lugares, que atingia “incríveis” 60 km/h, teve uma grande aceitação entre os clientes da marca. Nesta época, a empresa foi separada em duas divisões: divisão de motocicletas e bicicletas e a divisão automóvel. Nos anos seguintes um plano de racionalização muito importante e a adoção de meios de produção em massa na fábrica de Sochaux permitiram que a empresa lançasse o primeiro modelo realmente de série da marca: o 201, introduzido em 1929. O modelo revolucionou a história da montadora, afinal, foi a partir dele que a tradicional nomenclatura de três dígitos da marca francesa começou a ser definitivamente adotada. Desde a sua origem, as denominações dos modelos não seguiam uma lógica que permitisse aos clientes identificá-los com facilidade. Então foi criada a famosa nomenclatura: com o primeiro algarismo representando o tamanho do carro, o terceiro a cronologia, e o número zero no meio representando a articulação entre os dois elementos. A PEUGEOT patenteou todos os números de 101 a 909, motivo pelo qual a Porsche, em 1963, foi obrigada a alterar o nome do modelo 901 para 911.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com