quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A idéia surgiu em 1999 quando a empresa canadense Foam Creations desenvolveu o CROSLITE™, um material exclusivo composto de uma resina de célula fechada que representava uma expressiva inovação no âmbito do conforto e funcionalidade do calçado: antimicrobiano, resistente ao odor (bactérias e fungos), leve, resistente e antiderrapante. O novo material ainda proporcionava amortecimento e reduzia o impacto recebido pelos pés e pernas ao andar. Foi então que Lyndon “Duke” Hanson, Scott Seamans e George Boedecker, três jovens executivos americanos e amantes da vela, da cidade de Boulder no Colorado, resolveram criar um calçado feito dessa resina. O nome CROCS, trata-se da abreviatura em americano para crocodilo, surgiu em alusão a esses animais fortes e resistentes e que não contam com nenhum predador natural. Os crocodilos adaptam-se bem tanto na água, quanto na terra e tem vida longa. Todas estas qualidades eram e ainda são inerentes aos produtos da marca: não escorregam, não produzem cheiro e são impermeáveis. Originalmente o intuito era vender um calçado para velejadores, devido ao seu solado antiderrapante que não marcava o deck dos barcos.
A CROCS marcou sua estréia no mercado americano em novembro de 2002 com o modelo Beach, um calçado extremamente leve (pesava apenas 170g), macio, antiderrapante e livre de odores e bactérias, ideal para o lazer e para atividades recreativas ao ar livre, como pesca, vela e ciclismo. O modelo foi oficialmente colocado a venda em uma feira náutica na cidade de Ft.Lauderdale, na Flórida. Em apenas três dias, ao preço de US$ 30, vendeu mil pares rapidamente. Com formato que remetia ao dos tradicionais tamancos holandeses de madeira, o modelo se diferenciava, além da modelagem que privilegia o conforto e a total ergonomia, por uma inovadora alça intercambiável que envolvia o calcanhar e, principalmente, por seu material exclusivo e ultraleve. Não demorou muito para os médicos, grandes praticantes de vela, descobrirem que os calçados eram ótimos para substituir os tradicionais calçados que usavam nos hospitais.

De boca em boca, em pouco tempo, os calçados já eram usados por aqueles que profissionalmente eram obrigados a passar longos períodos em pé. A fama aumentou quando atores de Hollywood e celebridades se declararam fã do produto cheio de furinhos, preso na parte de trás do pé por uma alça, que deixava o calcanhar de fora. Em 2003 CROCS se tornou um fenômeno global aceito como um calçado confortável e fashion para todas as ocasiões. Nos dois anos seguintes voltou seu foco para adaptar-se ao rápido crescimento: expandiu as linhas de produtos, construiu novas fábricas, criou um programa de logística para a crescente capacidade de demanda e produção, contratou uma competente diretoria executiva e adquiriu, em 2004, a Foam Criations, empresa que produzia o material básico do calçado, o Croslite™, assegurando assim sua patente.


Em 2005, utilizando bom-humor e ironia a marca lançou uma campanha publicitária com o slogan "Ugly Can Be Beautiful" (O feio pode ser bonito). Em 2006 a empresa adquiriu por US$ 20 milhões a Jbbitz, marca de acessórios especiais que produzia mini-broches coloridos (cristais, flores e personagens licenciados) especialmente desenvolvidos para os sapatos CROCS. Hoje em dia são mais de 1.200 itens disponíveis para o consumidor personalizar seus calçados, além de acessórios como porta-celulares. Demonstrando a força de sua marca, neste mesmo ano passou a ser patrocinadora oficial da Associação Profissional de Vôlei. Em 2006, a CROCS escolheu o Brasil para instalar a primeira fábrica na América Latina, localizada em Sorocaba, no interior de São Paulo. A mais nova unidade começou a produzir em julho e tinha capacidade para fabricar 3 milhões de pares de calçados por ano, sendo que 35% a 50% direcionados para exportação. Mas devido a grave crise econômica, a empresa anunciou no final de 2008, o fechamento da fábrica. Em comunicado, informou que o fechamento foi determinado pela matriz do grupo nos Estados Unidos e tinha como objetivo ajustar a estrutura de custos global da empresa. O mercado brasileiro passou a ser abastecido pelas fábricas do México, China e Estados Unidos. A unidade mexicana passou a ser a única do grupo na América Latina.
Recentemente, em 2010, após amargar um enorme tropeço de vendas de sua moda peculiar, resolveu também apostar em produtos diferentes, com o lançamento de sandálias de salto alto de tiras vermelhas; sapatilhas femininas (chamadas CROCS Marnie); uma moderna linha de tênis, confeccionados com o mesmo material revolucionário dos calçados originais da marca; Crocband Flip, uma espécie de sandália havaianas da marca; e até sapatos de couro. Além disso, a nova campanha publicitária “Sinta o amor” (“Feel The Love”) divulga mais de 20 novos estilos com as novas mascotes da marca chamadas “Croslite”, uma turminha colorida de CROCS animados, que brincam com o conforto do calçado.


Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com