segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Conheça a história da Empresa brasileira TRAMONTINA; desde 1911 no mercado.


Fundada na cidade de Carlos Barbosa, região serrana do Rio Grande do Sul, em 1911, por Valentin Tramontina, que foi seu comandante por 28 anos, a empresa começou como uma pequena ferraria. Valentin era um colono artesão, filho de imigrantes italianos, e veio a Carlos Barbosa porque a ferrovia significava perspectiva de expansão. Em 1919, ano em que o fundador presta serviço militar no Tiro de Guerra 395, ele compra um terreno de 300 m2 na Rua Amapá, construindo um prédio de madeira para abrigar a ferraria. Trabalham o fundador, o irmão Luiz e mais duas pessoas. Até 1930, a produção da ferraria era modesta. Valentin prestava serviços a empresas, entre elas, Arthur Renner, proprietário de uma refinaria de banha; fazia conserto em indústrias locais, ferrava cavalos e fabricava canivetes.


Nesta época, havia 5 empregados trabalhando na ferraria, e 6 trabalhando a domicílio. O aço necessário para fabricar as lâminas era obtido batendo-se molas de caminhão usadas. Recorria-se aos malhos instalados em rodas d’água existentes na região para forjar o aço. Somente em 1932 teve início a fabricação de algumas facas com cabo de chifre. Os modelos foram tirados de facas importadas que haviam sofrido danos durante um incêndio em um armazém de importador em Porto Alegre. Coube à Ferraria Tramontina o trabalho de recuperá-las.

Quando morreu seu fundador em 1939 a produção era artesanal e resumia-se a facas e canivetes feitos com cabo de chifre. A partir daí assume a ferraria dona Elisa Tramontina, esposa de Valentin, que desponta como uma empreendedora nata e arrojada. É ela que vai vender a produção nos mercados regionais e na capital. Durante a Segunda Guerra Mundial, caso não existisse a determinação e a coragem de Elisa, a ferraria teria sucumbido. Em 1944, a empresa compra a sua primeira prensa excêntrica. Antes, todas as lâminas eram cortadas manualmente com o auxílio de talhadeiras. Depois passaram a ser cortadas com o uso de estampos.

O ano de 1949 pode ser considerado um marco na história da empresa. Trata-se da data em que Ruy José Scomazzon, um jovem de apenas 20 anos, cursando a faculdade de Ciências Econômicas da PUC – Porto Alegre, começa a prestar assessoria à TRAMONTINA. Ruy, com espírito de liderança, implanta planos ambiciosos, enfatizando a organização em todos os setores. Inaugura-se uma nova etapa. O caráter artesanal dá lugar a uma produção manufatureira. Na década de 50, a empresa contava com 30 empregados e alguns representantes comissionados, espalhados pelo estado do

Em 1954, organiza-se a empresa V.a. Valentin Tramontina & Cia. Ltda., sendo sócios, Elisa e Ivo Tramontina, e Ruy J. Scomazzon. No ano seguinte tem início a laminação do aço. Antes o aço era obtido forjando-se pedaço por pedaço, em um malho. A laminação abriu imensas possibilidades de crescimento. As décadas de 60 e 70 são marcadas pela instalação de empresas do grupo em Garibaldi, Farroupilha e no estado da Bahia. Nestes anos a linha de produtos ganhou inúmeros itens como facas (cozinha, profissional, esportiva), canivetes, tesouras, espetos, talheres, utensílios de cozinha e panelas, formas e travessas antiaderentes de alumínio; materiais elétricos como interruptores e tomadas, além de uma vasta linha de ferramentas como martelos, chaves de boca, chaves de fenda, alicates, formões, plainas, serras, serrotes, entre outras.

A década de 80 foi de um enorme crescimento para empresa, tanto no mercado interno como externo, onde em 1986 inaugurou uma subsidiária na cidade de Houston no Texas. Nos anos seguintes a TRAMONTINA se tornou definitivamente um gigante em seu setor, ampliando ainda mais sua linha de produtos e ingressando em muitos mercados mundiais como a Alemanha (1993), Chile (2000), Dubai (2004) e Peru (2005). Neste novo milênio a TRAMONTINA também decidiu que tinha chegado a hora de ir além da cozinha. A ordem partiu de Clóvis Tramontina, neto de Valentim e principal responsável pelas maiores mudanças da empresa nos últimos anos. A grande tacada do empresário foi aproveitar uma simples fábrica de cabos de madeira que revestem talheres para ingressar no mercado de móveis. Cadeiras e mesas com a marca TRAMONTINA começaram a aparecer nas lojas. O mesmo aconteceu com a unidade que fazia cabos de plástico: foi ampliada para fabricar móveis para piscina.

Recentemente, em 2007, a TRAMONTINA, líder nacional nos segmentos de panelas, talheres e ferramentas, decidiu combater os importados com um apelo à “brasilidade” do consumidor e uma política comercial mais agressiva. A empresa lançou uma coleção de panelas em aço inoxidável denominada “Linha Tropical”, com a bandeira do Brasil nas embalagens de cinco unidades e preço ao consumidor padronizado em R$ 199 para todo o país, parcelado em até dez vezes. O resultado: Em três meses foram vendidas 435 mil unidades.