terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tudo começou no verão de 1995 com o surgimento de um sistema chamado BackRub, que recebeu esse nome devido à sua habilidade única de rastrear os links na Internet, criado dentro da Universidade de Stanford por dois estudantes de doutorado de ciência da computação: Sergey Brin, um russo de 23 anos, e Larry Page, um americano de 24 anos. O BackRub ganhou alguns aperfeiçoamentos e em 1997 a ferramenta foi batizada oficialmente com o nome de GOOGLE (cujo domínio original era google.stanford.edu), que ganhava popularidade e consumia a largura da banda de Internet da universidade como um pequeno monstrinho. Enquanto as aranhas, programas de computador que mapeiam a web, trabalhavam, a Internet de toda a universidade simplesmente parava. Com isso, o projeto deveria ganhar uma nova sede. Os dois estudantes estavam endividados devidos aos gastos com a empresa e precisavam de um investidor. Esse investidor foi Andy Bechtolsheim, um dos fundadores da empresa Sun Microsystems. De Andy, os dois amigos ganharam um cheque no valor de US$ 100 mil. O cheque estava endereçado à Google Inc. (que ainda não existia). Larry e Sergey foram obrigados a fundar a empresa no estado da Califórnia, exatamente no dia 4 de setembro de 1998. Quando isso aconteceu, a equipe saiu da Universidade de Stanford (mantinham os computadores que rodavam o GOOGLE em seus dormitórios) em setembro e foi para a garagem da casa de uma amiga dos fundadores da empresa chamada Susan Wojcicki, localizada no endereço 232 da Santa Margarita em Menlo Park.
O primeiro empregado contratado, Craig Silverstein, um colega do curso de ciência da computação em Stanford, se tornaria mais tarde diretor de tecnologia da empresa. No final do ano, o sistema de busca já respondia a 10.000 requisições por dia. Nesta época, reportagens veiculadas sobre o GOOGLE em jornais como USA Today e Le Monde (França), demonstravam o sucesso que estaria por vir. O GOOGLE ganhou adeptos em toda a rede ao quebrar alguns paradigmas até então adotados pelos sistemas de buscas, como o pioneiro Altavista. Em lugar de apresentar páginas de maneira aleatória, o serviço introduziu o conceito de relevância nas pesquisas dos usuários. Com a ajuda de algoritmos matemáticos e programas de computador que varriam a rede em busca de conteúdo, as respostas eram apresentadas pela ordem de importância dentro da Internet. Com o sucesso, em 1999, a empresa, então com apenas 8 funcionários, mudou sua sede para cidade californiana de Palo Alto. Nesse mesmo ano ocorreu a adição de um link para pesquisas limitadas a documentos do governo americano na página do GOOGLE. Era a primeira modificação que a página sofria. Em 2000 o GOOGLE começou a vender anúncios associados a palavras-chave de busca. Com o intuito de manter um projeto organizado da página e aumentar a velocidade, as propagandas eram exclusivamente baseadas em textos. No dia 9 de maio deste mesmo ano foram lançadas as primeiras 10 versões de idiomas do Google.com: francês, alemão, italiano, sueco, finlandês, espanhol, português, holandês, norueguês e dinamarquês. Pouco meses depois, no dia 12 de setembro o GOOGLE começou a oferecer pesquisas em chinês, japonês e coreano, o que elevou para 15 o número total de idiomas disponíveis. Foi também neste ano que o GOOGLE passou a ser o novo motor de busca do Yahoo!, substituindo o tradicional Inktomi, tornando-se o sistema de busca mais popular segundo pesquisa da StatMarket ao anunciar o primeiro índice com 1 bilhão de URLs (endereços na Internet). No dia 27 de março de 2001 o site já estava disponível em 26 idiomas. Pouco depois, no dia 1 de agosto a empresa abriu seu primeiro escritório internacional, na cidade de Tóquio. Um mês mais tarde, uma nova parceria com o Universo Online (UOL) tornou o GOOGLE o principal serviço de pesquisa para milhões de latino-americanos. No ano de 2002, a empresa implantou uma filosofia revolucionária: os engenheiros e funcionários foram incentivados a dedicar 20% do seu tempo trabalhando em algo que não fosse seu projeto principal. O Google Notícias e o Gmail surgiriam dessa filosofia adotada pela empresa. No dia 17 de fevereiro de 2004 o índice de pesquisa atingiu uma nova marca: 6 bilhões de itens, o que inclui 4.28 bilhões de páginas da web e 880 milhões de imagens. No dia 18 de agosto deste mesmo ano, o GOOGLE fez uma oferta pública inicial de 19.605.052 cotas de ações ordinárias Classe A em Wall Street. O preço de abertura foi de US$ 85 por ação. Com a abertura de seu capital na Bolsa de Valores a empresa se transformava em um gigante do mercado financeiro americano. No mês seguinte existia mais de cem domínios GOOGLE (Noruega e Quênia foram os números 102 e 103). A lista cresceu e atualmente já passa de 160.
No final de 2005 a empresa informou oficialmente a abertura dos primeiros escritórios em São Paulo e na Cidade do México. No ano seguinte um fato marcou a história do GOOGLE: No dia 27 de janeiro o Google.cn, a versão de domínio local do GOOGLE, foi ao ar na China. Ainda neste ano o GOOGLE introduziu várias novidades como o bate papo no Gmail, usando as ferramentas de mensagem instantânea do Google Talk; a introdução das versões locais do GOOGLE MAPS na França, Alemanha, Itália e Espanha; o Gmail em idiomas árabe e hebraico, o que elevou a 40 o número de interfaces; a pesquisa de livros do GOOGLE, que começou a oferecer downloads gratuitos de PDF de livros de domínio público; e a pesquisa de patentes nos Estados Unidos, indexando mais de sete milhões de patentes desde 1790. No dia 15 de dezembro deste ano, os Googlers, como são carinhosamente chamados seus funcionários, de todo o mundo vestiram pijamas e chinelos para trabalhar no primeiro “Dia do Pijama” da empresa. Alguns opositores vestiam smoking.
Recentemente, em 2008, o GOOGLE fez grandes avanços com a iniciativa, que envolveu toda a empresa, para assegurar que todos os seus produtos estejam disponíveis nos 40 idiomas lidos por mais de 98% dos usuários de Internet. No dia 25 de julho o sistema de indexação para processamento de links indicava que o GOOGLE contabilizava um trilhão de URLs únicos (enquanto o número de páginas da web individuais crescia vários bilhões por dia).
Apesar do sistema de busca ser a vitrine de negócios, o GOOGLE pode ser visto realmente como uma empresa de mídia, que pretende colocar à disposição dos internautas o conteúdo das maiores bibliotecas do planeta ou os vídeos das principais emissoras de televisão do mundo. O GOOGLE representa uma das maravilhas da computação e não há dúvidas de que é um regente na Internet que não ignora idiomas, sistemas operacionais, culturas, idéias e credos. No GOOGLE há espaço para tudo e para todos. A capacidade de inovar é diretamente proporcional a sua disposição em ganhar dinheiro. Os resultados financeiros são impressionantes. Afinal, hoje em dia, o GOOGLE está presente em todas as nossas ações na Internet, e viver sem ele parece ser uma missão impossível. Não só utilizamos o site de buscas, mas, também o Orkut, YouTube, Google Reader, Maps e Earth, além de Gmail e Gtalk, entre (muitos) outros serviços. Por tudo isso, Google.com tornou-se o endereço mais conhecido e acessado do mundo virtual, onde milhares e milhares de pessoas encontram respostas para dúvidas e problemas dia após dia. É fonte de informação, pesquisa, notícias, curiosidades, etc.

 Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com