terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A história da NOKIA começou em 1865, quando o engenheiro de mineração Fredrik Idestam fundou uma fábrica de celulose na cidade de Tampere, no sudoeste da Finlândia, logo transferida para o município vizinho de Nokia e batizada Nokia Wood Mills, localizada às margens do rio de mesmo nome. A partir daí, a empresa teve um crescimento meteórico, e pouco depois da Primeira Guerra Mundial, a empresa fundiu-se com a Finnish Cable Works, fabricante local de telefones e cabos telegráficos fundada em 1898. Era o embrião do que, em 1967, se transformaria na Nokia Corporation, um conglomerado produtor de papel, bicicletas, pneus, botas de borracha, computadores, cabos, televisores e dezenas de outros itens. Os primeiros passos para uma grande mudança nos rumos da empresa tiveram início na década de 60, com o surgimento do departamento de eletrônica da NOKIA que tinha como principal objetivo pesquisar rádiotransmissão. A tecnologia da empresa para comunicação via rádio foi aproveitada, a partir da década de 80, para o desenvolvimento de telefones sem fio. O pioneiro foi o Mobira Senator, lançado em 1982, como equipamento para automóveis, que pesava 9.8 quilos.
Cinco anos depois, saiu o Mobira Cityman 900, para muitos, o primeiro telefone realmente portátil: pesava 800 gramas e custava o equivalente a US$ 6.150 nos dias de hoje. Nas décadas seguintes, os produtos de infra-estrutura dos telefones móveis e de telecomunicações chegaram aos mercados internacionais, e nos anos 90, a NOKIA já era uma das líderes mundiais em tecnologia de comunicação digital (em 1998 vendeu cerca de 40 milhões de telefones celulares, tornando-se a empresa número 1 no mundo nessa categoria, ultrapassando a Motorola).
Observando o mercado agora, é fácil esquecer que a NOKIA nem sempre foi dominante. Em meados dos anos 90, a Motorola dava as cartas no mercado, desfrutando o enorme sucesso do celular StarTac. Silenciosamente, porém, a NOKIA iniciava sua ofensiva, adicionando elementos inovadores de design aos telefones, na forma de capinhas substituíveis, e diferentes ringtones. Mais importante, começou a operar em escala global, lançando mais modelos em um número cada vez maior de países. Os finlandeses apostaram cedo no desenvolvimento de plataformas básicas para celulares, a partir das quais é possível produzir variações de produtos com grande economia de escala.
Atualmente a NOKIA, além de ser uma gigante, está mudando a maneira como as pessoas se comunicam, e suas próximas cartadas foram apresentadas, no final de 2007, aos mercados, a começar pelo europeu: a loja virtual de música Nokia Music Store, os novos games para celular da grife N-Gage e a linha de aparelhos que navegam na Internet criados para concorrer com o iPhone da Apple. E ainda provoca a poderosa empresa americana: “Quando eles lançaram o iPhone, conseguiram uma publicidade sensacional, tudo para vender 270 mil aparelhos em dois dias”, diz o inglês Mark Selby, vice-presidente mundial de vendas da empresa. “Isso é mais ou menos o número de celulares que vendemos em seis horas”. Há poucas companhias com a marca, o alcance e a tecnologia necessários para liderar a convergência digital. A NOKIA é uma delas. Uma prova disso aconteceu no dia 2 de setembro, quando anunciou oficialmente o lançamento de seu primeiro netbook, o Booklet 3G.
Hoje em dia a NOKIA conecta pessoas entre si e as informações que lhes são importantes, com produtos inovadores e fáceis de usar, como celulares, dispositivos e soluções para o uso de imagens, jogos, mídia e negócios. Fornece ainda equipamentos, soluções e serviços para corporações e operadoras de rede.


Agora uma empresa de tecnologia
A guinada da NOKIA em direção à web coincide rigorosamente com a ascensão de OPK à presidência da empresa, em junho de 2006. Nem bem tinha tomado posse, deu início a uma frenética temporada de aquisições de empresas de Internet. Já em agosto, investiu US$ 60 milhões na compra da distribuidora de música on-line Loudeye. Na seqüência, adquiriu a Gate5, uma pequena empresa alemã de software de navegação com GPS. O ataque foi retomado no ano seguinte, em julho, com a compra do Twango, um pequeno site de compartilhamento de fotos e vídeos. Criado em 2004 por cinco ex-executivos da Microsoft, o portal tinha somente dez funcionários, mas, apesar de pequeno, era possivelmente o único realmente multimídia de seu setor. A mais recente aquisição foi a da americana Avvenu, especializada em compartilhamento de arquivos. Como uma espécie de cereja nesse bolo de parcerias, a NOKIA assinou um acordo com a Microsoft para que versões de serviços como Hotmail e Messenger sejam carregados nos aparelhos de sua Série 60 de celulares inteligentes. Também anunciou uma parceria com a Universal Music, que permitirá aos clientes da empresa o downdload gratuito e ilimitado de músicas pelo período de um ano. Ao todo a NOKIA já gastou mais de US$ 10 bilhões em aquisições de empresas de tecnologia e Internet.
Porém a mais nova aposta da NOKIA, introduzida no mercado em 2007, atende pelo nome de Ovi (porta em finlandês). Trata-se de um portal onde ficam hospedados uma infinidade de produtos como álbum de fotos, música, biblioteca de livros, etc, capazes de se comunicar com o telefone celular, o laptop e o computador pessoal do usuário. Basta arrastar os ícones com o mouse. O acesso inicialmente foi totalmente gratuito. Rapidamente a loja virtual de músicas, jogos e aplicativos, criada para concorrer com o iTunes, se tornou uma demonstração da disposição da NOKIA em desbravar novos mercados.


Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com