A história desta famosa e popular marca tem sua origem em 1945, quando Marcel Bich, um ex-gerente de produção de uma fábrica de tintas, comprou uma fábrica nos arredores de Paris e em sociedade com Edouard Bouffard começou a produzir peças para canetas-tinteiro e lapiseiras. A dupla fabricava inicialmente para terceiros, entre eles a famosa marca francesa Waterman. À medida que o negócio de peças para instrumentos de escrita começou a crescer, o desenvolvimento da esferográfica avançava, tanto na Europa como nos Estados Unidos, e Marcel viu o enorme potencial desse novo instrumento de escrita. Depois de obter os direitos das patentes para uma esferográfica criada em 1935 pelo inventor húngaro Ladislao Biro, que estava refugiado na Argentina, melhorou seu processo de produção e introduziu em dezembro de 1950 suas canetas confiáveis e a preço acessível na Europa, chamando-as de BIC Cristal Ballpoint, uma abreviação rápida e fácil de seu sobrenome. Como pretendia exportar o produto para os Estados Unidos, o H do final foi suprimido. Em inglês, bich tem a pronúncia parecida com bitch, um pesado palavrão. A caneta que permitia escrever facilmente através de uma pequena esfera situada na ponta, fez tanto sucesso que, em apenas dois anos, o volume anual de vendas ultrapassou os 21 milhões de unidades.
Começou então a exportar para vários países da Europa como a Itália em 1954 e após a aquisição da Biro-Swan, passou a vender também para a Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia. Em 1956 a empresa começou a operar no Brasil. Dois anos depois a empresa introduziu sua caneta no mercado americano. No início, os consumidores relutavam em comprar uma caneta BIC, já que tantas outras canetas haviam sido lançadas sem sucesso no mercado nos Estados Unidos por outros fabricantes. Para acabar com essa relutância, a empresa BIC criou uma campanha em rede nacional de televisão para contar aos consumidores que esta caneta esferográfica “escreve logo de cara, sempre!” (Writes First Time Every Time) e que seu preço era de apenas US$ 0,29. A BIC também lançou anúncios que mostravam as canetas sendo atiradas de rifles, amarradas a patins de gelo e até montadas sobre britadeiras. Após um ano, a concorrência forçou a queda de preços para US$ 0,10 por caneta.
Em 1965, a marca francesa ingressou nos mercados japonês e mexicano. Ainda neste mesmo ano, o governo francês concede autorização para utilização de canetas esferográficas nas escolas, abrindo um enorme mercado para a marca. Em 1969, a BIC já fabricava 25% das canetas usadas em todo o mundo. A empresa então expandiu seu leque de produtos, introduzindo no mercado isqueiros e barbeadores, e começou a entrar em mercados estrangeiros criando subsidiárias, adquirindo o controle de companhias estrangeiras ou através de agentes. Na década de 90, a BIC focalizou sua expansão internacional na Europa Central e Oriental, além do continente asiático. Em 2004, Ingressou no mercado de canetas-tinteiro escolares com a aquisição da Stypen na França; e pouco depois, em 2006, ingressou no mercado de etiquetas adesivas com a aquisição da Pimaco Autoadesivos no Brasil.
A partir de 2007 a empresa francesa investiu muito no segmento de produtos promocionais adquirindo várias empresas como a americana Atchison (maletas promocionais), Antalis (na Europa) e Norwood (segundo maior fornecedor de produtos promocionais de não-vestuário dos Estados Unidos). Com o objetivo de oferecer soluções simples, engenhosas e confiáveis, nos últimos anos, a BIC lançou centenas de novos produtos de papelaria voltados para crianças, adolescentes, jovens e adultos. Tal iniciativa fez com que a marca passasse a ser vista como parte do dia a dia de seus diversos públicos.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com