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Também, em 1939, iniciou as atividades industriais com um abatedouro de suínos. Dois anos mais tarde mudou sua identificação visual e foi criado um novo logotipo, que trazia um casal de perdizes. No ano de 1942, o abate de suínos alcançou a marca de 100 animais por dia, o que exigiu a melhoria tecnológica dos equipamentos do frigorífico. Consolidada a atividade comercial e de processamento de suínos, os investimentos da empresa direcionaram-se para a agropecuária, com a construção da Granja Santa Gema, em Videira (Santa Catarina), voltada à criação de animais de alta linhagem, em 1954. Um ano depois teve início o abate de aves. A atividade era realizada de forma artesanal nas dependências do frigorífico de suínos.
Em 1958 foi alterada a razão social da empresa, que recebeu a denominação de Perdigão S.A. Comércio e Indústria. Quatro anos mais tarde, adquiriu seus primeiros caminhões refrigerados, possibilitando assim o transporte de seus produtos com segurança e qualidade para lugares mais distantes. Os laboratórios para o controle microbiológico e físico-químico dos produtos nas unidades industriais foram instalados em 1963. Estes laboratórios foram os embriões das áreas de controle da qualidade e de pesquisa e desenvolvimento da empresa. A ênfase na qualidade dos produtos, segurança dos processos e portfólio diversificado de produtos tem sido uma preocupação constante da PERDIGÃO desde muito cedo. A empresa também investiu no monitoramento da saúde e tratamento das aves e suínos em todos os estágios de suas vidas e no decorrer de todo o processo de produção.
No ano de 1975 foi construído o primeiro abatedouro exclusivo para aves e a PERDIGÃO se tornou uma das pioneiras na exportação de carne de frango, que contou como destino à Arábia Saudita. No início da década de 90 os abatedouros de aves de Capinzal (SC) e Marau (RS) foram aprovados para exportar para a União Européia. Era um enorme passo para a conquista do mercado europeu. Apesar desta boa notícia, de 1990 a 1993, a empresa amargou prejuízos substanciais em razão do aumento de despesas financeiras, baixo investimento em desenvolvimento de produtos, capacidade limitada, bem como divulgação modesta de seus produtos.
Em setembro de 1994, a PERDIGÃO enfrentou uma crise de liquidez em decorrência da qual a família Brandalise vendeu sua participação na empresa para oito fundos de pensão, que por sua vez contrataram uma nova equipe de diretores que reestruturou a administração e implementou aumentos de capital e programas de modernização. A nova administração realizou uma reestruturação societária, alienou ou liquidou operações comerciais não preponderantes e incrementou a estrutura financeira. Desde que seu controle acionário passou para o pool de fundos de pensão, a PERDIGÃO adotou um modelo de gestão que introduziu importantes mudanças em sua administração, consideradas um exemplo em expansão, inovação e solidez.A PERDIGÃO chegou ao Paraná em 2000, quando adquiriu 51% do capital da divisão de produtos cárneos da Batávia. Um ano mais tarde, comprou os restantes 49% e incorporou a empresa, preservando a tradicional marca Batavo. A empresa acessou rapidamente o promissor mercado de carne de perus e, desde então, vem investindo no aumento da capacidade de abate e ampliação do parque agropecuário. Em 2006, ingressou no segmento de produtos lácteos com a aquisição de 51% da Batávia S/A – Indústria de Alimentos, empresa sediada em Carambeí (Paraná) e com atuação agroindustrial também no Estado de Santa Catarina.
Em 2007, através da aquisição da divisão de margarinas da Unilever, passou a trabalhar com as marcas Doriana, Delicata, Claybom e Becel, esta última através de uma joint-venture. Também neste ano concluiu a negociação para aquisição da Eleva Alimentos S/A (antiga Avispal) por R$ 1.7 bilhões, e passou a ser proprietária da marca Elegê; assumiu o controle integral da Batávia S/A; comprou unidades de bovinos no Mato Grosso; e anunciou a construção de um novo complexo agroindustrial em Bom Conselho (PE). Em 2008 se tornou um dos maiores conglomerados de alimentos da América Latina, com forte atuação na exportação de carnes e lácteos. No dia 19 de maio de 2009 foi anunciada a fusão entre a SADIA e a PERDIGÃO, formando a Brasil Foods, uma empresa com receita anual de mais de R$ 20 bilhões e portfólio de mais de 3.000 produtos, líder nos segmentos de massas congeladas, carnes congeladas, pizzas congeladas, margarinas e carnes industrializadas.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com