segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tudo começou em 1893, quando Caleb Davis Bradham, um farmacêutico da cidade de New Bern, estado da Carolina do Norte, inventou uma bebida chamada “Brad’s Drink” (algo como “bebida do Brad”), feita de água carbonatada, açúcar, baunilha, aromas de especiarias (canela, cravo, noz moscada, etc.), pepsina e extrato de noz de cola. Essa bebida tinha o intuito de suavizar os males causados pelo desequilíbrio do ácido péptico no estômago. Este alívio se obtinha em conseqüência do extrato de noz de cola e da carbonatação presente na bebida. Seu sabor agradou tanto que os consumidores passaram a consumi-la mesmo quando não estavam com o mal estar péptico. Em 1898, o xarope foi transformado em bebida e lançado oficialmente no mercado no dia 28 de agosto com o nome de PEPSI-COLA (afinal por 16 anos a bebida foi conhecida como “Brad’s Drink”, em referência ao nome de seu inventor), palavra oriunda de seus principais ingredientes (pepsina e nozes de cola), ganhando assim seu primeiro logotipo. Em 1902, devido ao enorme sucesso do produto, Bradham resolveu dedicar-se a expansão e desenvolvimento do refrigerante, registrando sua patente e fundando a Pepsi Cola Company oficialmente no dia 24 de dezembro. No mesmo ano, surgiu a primeira nota publicitária no jornal New Bern Weekly. Os jornais da época anunciavam a PEPSI como saborosa, revigorante, não prejudicial e que auxiliava na digestão. A empresa em apenas pouco tempo de operação, conseguiu vender aproximadamente 30 mil litros em casas de refrescos locais. Dois anos depois a empresa mudou-se da pequena farmácia de Brad para uma fábrica maior em conseqüência da alta demanda pelo produto. A nova fábrica passou a concentrar todas as operações de engarrafamento da PEPSI-COLA, que na época era comercializada em garrafas de 177 ml. Em 1905, a PEPSI concedeu a primeira franquia de engarrafamento para a empresa Charlotte and Durham, localizada na Carolina do Norte. No ano seguinte a empresa já contava com quinze franqueadas nos Estados Unidos, atingindo produção de 150 mil litros de xarope anuais.
A PEPSI se tornou uma das primeiras empresas a substituir os veículos de entrega, carroças puxadas a cavalos, por veículos motorizados em 1908, modernizando assim seu sistema de distribuição. A Segunda Guerra Mundial fez com que a empresa vivesse uma situação financeira delicada, estando à beira da falência em 1923, obrigando Bradham a vendê-la por US$ 30 mil dólares para a empresa Craven Holding Corporation. Depois disso, Brad reabriu sua drogaria e voltou a trabalhar como farmacêutico. No ano seguinte, Roy C. Megargel, um corretor de Wall Street, adquiriu após muita negociação a marca PEPSI-COLA por US$ 35 mil, formando assim a Pepsi Cola Corporation. Porém, a troca de comando não adiantou para evitar uma nova crise financeira em 1931, em plena Grande Depressão Americana, quando a empresa foi novamente vendida, desta vez para a Loft Candy Company. O então presidente da nova proprietária, Charles G. Guth, tratou de reformular totalmente a bebida.

Em 1934, além de iniciar a venda de seu produto internacionalmente, começando pelo Canadá, onde a marca estava registrada desde 1906, introduziu no mercado a garrafa de 12 onças por apenas cinco centavos de dólar, o mesmo valor pago por 6 onças que era o padrão da concorrência na época. As vendas iniciaram na cidade de Baltimore e o produto foi um sucesso instantâneo. Em plena depressão americana as vendas explodiram nacionalmente, ajudando a empresa a enfrentar até com certa tranqüilidade este período tão difícil. Nesse mesmo ano ocorreu a morte de Caleb Bradham, inventor da bebida, aos 66 anos de idade.

No ano de 1938, Walter S. Mack assumiu o comando da empresa e a PEPSI entrou de vez na era do marketing. As operações cresceram rapidamente no início dos anos 50, e a PEPSI lançou novidades como a introdução das garrafas PET (tamanho família), a versão dietética do refrigerante, as latas de alumínio, que estrearam no mercado em 1967, e investiu maciçamente em publicidade, para acabar com a imagem de “cola de cozinha” e o estigma de refrigerante barato visto pelos consumidores. O futuro estava garantido. No final dos anos 70, a marca travou a famosa “Guerra das Colas”, uma disputa que começou publicitariamente entre a PEPSI e a Coca-Cola pela disputa do mercado americano. Nas décadas seguintes, com a forte internacionalização da marca, o refrigerante foi lançado em sabores e versões que se adaptavam à cultura e aos hábitos dos países em que era comercializado. A maior parte dessas versões foram lançadas em forma de edição limitada, isto é, permaneceram no mercado em temporadas que variavam de três a doze meses.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com